segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



Uma nova ciência moral

DE SÃO PAULO



Ouvi uma dessas mulheres livres, dona de seu nariz e de seu corpo, dizer: "Que falta que faz um canalha!".

Recentemente, um grande especialista e prático da alma humana, um terapeuta, me dizia se escandalizar com o fato de que mulheres inteligentes e emancipadas falam em consultórios de psicanalistas que querem que os homens as chamem de cachorras e as tratem como vagabundas na cama.

Como se escandalizar com o óbvio? Quem foi que disse que as mulheres não gostam de se sentirem vagabundas no sexo? Só quem, mui catolicamente, imaginou que querer ser tratada como vagabunda no sexo fosse fruto de opressão machista. Risadas?

O que é um canalha? Refiro-me ao conceito de canalha. Um kantiano diria "o canalha em si".

Claro, kantianos são pessoas que pensam que o mundo é o que eles pensam que é; no fundo, o kantiano é um puritano da razão aos olhos de qualquer cético. Sua "crítica da razão prática" nada mais é do que um canto monótono semelhante aos cantos das igrejas calvinistas.

Qualquer um sabe que canalhas evoluem historicamente, como tudo mais. O grande personagem Palhares, do Nelson Rodrigues, esse filósofo brasileiro, é um tipo de canalha que não existe mais: o canalha romântico e sincero (que faz falta), apesar de que ele já identificara a necessidade de o canalha evoluir. Diriam os especialistas que Palhares tinha um claro "senso histórico".

Palhares mordeu o pescoço da cunhada caçula no corredor. E cunhadas gostosas são o segredo de um bom casamento. Palhares dizia que um canalha em sua época, os anos 1960, deveria evoluir para continuar a ser um bom canalha.

No caso dele, isso significava assimilar os avanços da psicologia, levando suas vítimas para terapias de nudez e também para reuniões do Partido Comunista. Um canalha, afinal, deveria estar em dia com a sua época.

Importantíssimo, no entendimento de nosso querido Palhares, seria um canalha entender que ser católico não ajudava mais ninguém a pegar mulher porque assustaria a presa. A sinceridade do Palhares estava no fato de ele se reconhecer canalha por vontade própria.

Hoje em dia, o canalha "avançou" muito. Ele identifica "causas externas" para sua condição de canalha, ou, melhor ainda, não reconhece sua condição de canalha; julga-se apenas um homem cumprindo seu "papel social".

Imagine um livro chamado "Tipologia do Canalha: Como Identificar o Seu". Puro best-seller!

Por exemplo, o livro descreveria o canalha institucional, que é o canalha que faz suas baixarias dizendo que é em nome do coletivo.

Normalmente, adora a hierarquia e a burocracia.

É o tipo que, segundo o psicólogo americano Philip Zimbardo, autor do excepcional livro "O Efeito Lúcifer" (Record), se adaptaria bem às condições de horror em sistemas totalitários com justificativa institucional. Sentiria que o horror que causa é simplesmente fruto de respeito à burocracia.

Existem também os canalhas sociais. Estes são aqueles que justificam seus atos via condições sociais em que vivem, dizendo coisas como "a escola em que estudei fez de mim um canalha, por mim seria diferente".

Conhecemos também os canalhas democráticos. Estes são aqueles que justificam seus atos porque combatem em defesa do povo. Este tipo é aquele que, por exemplo, sustenta a corrupção do Estado dizendo que está lutando pela justiça social.

Primo de primeiro grau deste último é o canalha militante, este tipo que agrediu a blogueira cubana Yoani Sánchez, acusando-a de ser paga pela CIA. A marca deste é jamais ouvir nada que discorde de sua religião.

Há também o canalha científico. Este afirma que as neurociências provaram que ser canalha é função de certa área do cérebro, resultado de herança evolucionária e genética.

Um tipo especialmente "fofo" é o canalha livre. Suspeito ser este o mais avançado de todos.

Quando indagados acerca de seu comportamento, afirmam que agem do modo que agem porque sempre foram uma minoria oprimida e agora podem exercer sua canalhice livremente. A frase lapidar deste tipo de canalha é: "Todos têm direito de ser o que são; eu tenho o direito de ser canalha".


Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/1236284-uma-nova-ciencia-moral.shtml






sábado, 23 de fevereiro de 2013


Doutrinação ideológica escolar:
pais, tomem uma atitude!

Escrito por Klauber Cristofen Pires | 23 Fevereiro 2013
Artigos - Educação

Caros amigos leitores,

Como vocês sabem, não confio na blogueira Yoani Sánchez. Dados os indícios que já vos apresentei em outros artigos, tenho-a como uma agente de desinformação do regime comunista cubano. No entanto, nada me faria unir-me aos brucutus que por meio da gritaria, da intimidação e até mesmo da violência têm logrado calar a sua voz.

Vocês sabem de onde vêm estes jovens fanatizados e embrutecidos? Da escola!

Meus amigos: o PT e seus aliados - todos os partidos satélites de esquerda - fazem propaganda eleitoral permanentemente, e com dezesseis anos de antecedência! Sabem por quê? Por que a propaganda deles é feita na escola!

Talvez alguns de vocês que estejam me lendo agora sejam simpáticos às ideias socialistas, ou, como tem sido mais comum, aprenderam, sem saber como ou de onde, que um regime socialista não é desejável, mas é necessário criar uma alternativa ao assim chamado "capitalismo selvagem".

Pois deixem-me dizer: eu tenho uma filha em idade escolar, que hoje frequenta o 7º ano. Eu desejo de coração que ela se torne a Comissária-Mor do futuro Brasil socialista, desde que, e somente se, ela souber o que está fazendo, sem fazer o papel de inocente-útil ou uma fiel colaboradora deste regime motivada pelo medo de dissentir!

Que ela se torne a primeira-delegada, a chanceler ou a grande guia do um futuro Brasil à moda cubana, se ela descobrir alguma verdade que hoje desconheço, mas que tenha tido conhecimento verdadeiro do que é o socialismo e o capitalismo, e que este conhecimento provenha de um estudo livre e desimpedido, do qual ela possa extrair suas conclusões por si própria.

A doutrinação ideológica escolar caracteriza-se pela desonestidade intelectual dos autores de livros didáticos e dos professores militantes, por meio da omissão ou deturpação de fatos e conceitos, com a finalidade de aliciar as crianças para a doutrina espúria que abraçam, e eles fazem isto valendo-se da ingenuidade dos jovens e da confiança dos pais e mães.

Será que vocês, pais e mães, querem que seus filhos se tornem ovelhas eleitorais nas mãos de políticos inescrupulosos? Querem que seus filhos vivam de comer na mão de agentes públicos? Querem torná-los marias-vai-com-as-outras?

Fiquem atentos: a doutrinação ideológica escolar já pisou firme até mesmo naquelas que são consideradas boas e tradicionais escolas particulares! Além disso, o governo está filtrando os jovens nos processos seletivos, ao elaborar questões ideologicamente enviesadas.

Há algo que vocês, pais e mães, podem fazer! Prestem atenção: escaneiem ou fotografem as páginas dos livros escolares e apostilas dos seus filhos que vocês desconfiem haver indícios de doutrinação ideológica, e enviem para mim. Meu endereço é:
klauber.pires@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Depois disso, reúnam-se, conversem uns com os outros e protestem em conjunto contra as escolas de seus filhos!

Nós estamos lidando com gente que possui muito poder. Se não nos unirmos para defendermos nossos filhos, estaremos condenando-os nós mesmos a uma vida desgraçada! É isto o que vocês querem?

Vamos acabar com a doutrinação ideológica escolar!


http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/13882-doutrinacao-ideologica-escolar-pais-tomem-uma-atitude.html
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Educação continuada - Experiência de Aprendizagem Mediada (I) 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013



Autoajuda marxista

Em 4 de dezembro de 2012, a Gazeta do Povo publicou, lado a lado, dois artigos sobre o tema "O legado de Paulo Freire": um, escrito pelo presidente de honra do Instituto Paulo Freire, Prof. Moacir Gadotti; e outro, pelo jornalista, sociólogo e colaborador do ESP José Maria e Silva. O artigo do Prof. Gadotti -- intitulado Patrono da educação brasileira -- está nesse link:http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1324596. O do jornalista José Maria e Silva, intitulado Autoajuda marxista, segue abaixo.

“Paulo Freire: Rousseau do século 20.” Quem faz essa afirmação, em um alentado livro de 324 páginas publicado em 2011 na Holanda e que leva justamente esse título, é o indiano Asoke Bhattacharya, professor da Universidade de Calcutá. De fato, Paulo Freire é a versão atual do autor de Emílio, ou Da Educação (1762), que muita influência teve na pedagogia. Mas, como ironiza Émile Durkheim, quem confiaria a educação de uma criança ao desnaturado Rousseau, que abandonou a própria prole?

Essa pergunta cabe em relação a Paulo Freire, que prega a liberdade, mas cultua totalitarismos. Pedagogia do Oprimido, uma espécie de manual de autoajuda marxista, idolatra a “linguagem quase evangélica” do “humilde e amoroso” Che Guevara, enaltece sua “comunhão com o povo” e, valendo-se de um jogo vazio de palavras, justifica as execuções sumárias que ele perpetrava sem piedade: “A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida”.

Essa frase assassina inspira Moacir Gadotti, discípulo predileto do mestre, que, em Pensamento Pedagógico Brasileiro, despreza o grande pedagogo escola-novista Lourenço Filho, mas se rende a Lenin e Mao Tsé-tung. Ambos são tratados por Gadotti como “grandes pedagogos da humanidade”.

Pedagogia do Oprimido, que deu fama mundial a Freire, é menos um tratado que um panfleto. Até seus discípulos são obrigados a reconhecê-lo. Ao observar que Paulo Freire “foi saudado como um dos fundadores da pedagogia crítica”, Bhattacharya observa que isso “não é errado, mas também não é muito preciso”, pois vários filósofos educacionais antes dele foram críticos em relação à pedagogia tradicional. “Portanto, não é a atitude crítica de Freire, mas seu ativismo político que o diferencia de alguns (mas não de todos) os filósofos canônicos educacionais”, diz o professor indiano.

O “Método Paulo Freire”, com mais propaganda que resultados, foi uma ferramenta populista de João Goulart financiada com dinheiro norte-americano do acordo MEC-Usaid. E nem era inédito: o uso de palavras geradoras na alfabetização já estava presente em outras propostas pedagógicas, como o “Método Laubach”, muito disseminado no Brasil. O que Paulo Freire fez foi carregar as palavras de ideologia revolucionária, a pretexto de falar da realidade do aluno. É como se o pedreiro tivesse de se restringir ao tijolo; o lavrador, à enxada; o carpinteiro, ao serrote. O que seria da cultura brasileira se Machado de Assis fosse obrigado, em sua alfabetização, a tartamudear sobre o morro em que nasceu?

O reducionismo pedagógico é o grande legado de Paulo Freire. Juntando-se ao “construtivismo pós-piagetiano”, ele inspirou o “preconceito linguístico”, que vilipendia a norma culta do idioma; a “geografia crítica”, que mistura bairrismo com economia marxista; a história em ação, que eterniza o presente; a matemática étnica, que cria analfabetos em tabuada. Paulo Freire relativizou o conhecimento, anulou a autoridade do professor e, sobretudo, assassinou o mérito – inviabilizando a possibilidade de educação. O ranking global divulgado no fim de novembro que o diga.

José Maria e Silva, jornalista, é mestre em Sociologia.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1324597

http://www.escolasempartido.org/artigos/371-autoajuda-marxista

Um engodo chamado Método Paulo Freire

Escrito por Félix Maier | 23 Janeiro 2013
Artigos - Educação

A ressurreição da múmia comunista chamada Paulo Freire não se observa apenas nos campi cada vez mais estéreis das faculdades, mas também nos campos improdutivos do “messetê”.


Em 1943, foi introduzida no Brasil a Cruzada ABC (Ação Básica Cristã), com sede em Recife, Pernambuco. A Cruzada era um programa de alfabetização baseado no Método Laubach, que incluía, ainda, a bolsa-escola para famílias pobres. (E ainda dizem que o pernambucano Cristovam Buarque, que, com certeza, conhecia o Método Laubach, é o criador do bolsa-escola.) O missionário norte-americano Frank Charles Laubach desenvolveu seu método de alfabetização de adultos inicialmente nas Filipinas, onde, em 30 anos, conseguiu alfabetizar 60% de sua população.

No Brasil, o Método Laubach foi deturpado e substituído pelo Método Paulo Freire:

“Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua ‘condição de oprimidas’. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa ‘nova metodologia’ - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos - como se a mesma fosse da sua autoria” (David Gueiros Vieira, in
Método Paulo Freire ou Método Laubach?).

O Movimento de Educação de Base (MEB) era uma organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo governo João Goulart e administrada por militantes da esquerda católica, muitos dos quais eram membros da
Ação Popular, que mais tarde se tornaria um grupo terrorista e promoveria um atentado no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 1966. Baseado nas ideias marxistas de Paulo Freire, autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, o MEB funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local (padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas.

Afinal, o que vem a ser o Método Paulo Freire, tão enaltecido pelos esquerdistas que tomaram de assalto as salas de aula das escolas e das universidades brasileiras? Ninguém melhor do que o historiador Paul Johnson para explicar esse engodo da mais pura ideologia marxista:

“O professor brasileiro Paulo Freire (...) descobriu que qualquer adulto pode aprender a ler em quarenta horas suas primeiras palavras que conseguir decifrar se estiverem carregadas de significação política; (...) apenas a mobilização de toda a população pode conduzir à cultura popular. As escolas são contraprodutivas (...) O melhor caminho a seguir é um rompimento com a educação institucional rumo à educação popular. O método se baseia no uso de palavras e expressões empregadas conscientemente de forma dúbia e duvidosa, de acordo com o conceito que seu autor tem de ‘educação libertadora’ e que pode ser assim resumido no conhecido jargão esquerdista: ‘(...) há uma incompatibilidade estrutural entre os interesses da classe dominante e a verdade...; a verdade está do lado dos oprimidos e não pode ser conquistada senão na luta contra a classe dominante...; a verdade é revolucionária, não deve ser buscada e sim feita’ ”
(Paul Johnson, in Inimigos da Sociedade - cit. COUTO, 1984: 39).

“O avanço do processo revolucionário comunista antes de Março de 1964, na área da educação, foi em grande parte creditado ao uso do Método Paulo Freire, que tem potencial para materializar, com inegável eficiência, aquela afirmativa de Fred Schwarz: ‘O primeiro passo na formação de um comunista é a sua desilusão com o capitalismo’. Hoje, o método e seu autor vêm sendo reabilitados em vários pontos do país, aparentemente com a mesma função revolucionária de antes. A alfabetização que propicia, baseada nas condições reais em que vive o aluno, explora largamente as contradições internas da sociedade para desmoralizar o capitalismo, e através dele a democracia, deixando a porta aberta para a opção socialista”.
(COUTO, 1984: 38-9)

A ressurreição da múmia comunista chamada Paulo Freire não se observa apenas nos campi cada vez mais estéreis das faculdades, mas também nos campos improdutivos do “messetê”:

“De acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire, Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci”.
(revista Sem Terra, Out-Nov-Dez 1997, pg. 27).

Periodicamente, o mito de palha, que foi secretário de Educação do governo Luíza Erundina na cidade de São Paulo, é incensado na mídia para adoração, como o artigo da Gazeta do Povo, de 19/01/2013,
Pela união na construção do saber. Sem direito a contraditório.

Em 2012, o plagiário de Laubach foi declarado por
lei patrono da educação brasileira. Não há nome melhor para explicar o grau de mediocridade de nossas escolas e universidades, principalmente as faculdades ligadas à área da educação.

Nota:

COUTO, A. J. Paula. O desafio da subversão. Impresso na Gráfica FEPLAM, Porto Alegre, RS, 1984.

http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/13791-um-engodo-chamado-metodo-paulo-freire.html



Mensagem enviada por Alisson Coutinho, em 19.01.2011:
 "Seja a favor ou fique calado"

Meu nome é Alisson Coutinho de Souza e sou professor de matemática de algumas escolas no Recife e gostaria de deixar algumas dicas comportamentais para quem deseja seguir essa profissão tão gratificante:

1 - seja ateu; 2 - seja a favor do homossexualismo; 3 - se for professor de história, seja comunista; 4 - sempre fale mal das religiões; 5 - idolatre Paulo Freire; 6 - acredite religiosamente em Freud e em Darwin; 7 - não leia a Veja; 8 - leia Diplomatique; 9 - vote no PT; 10 - e sempre faça uma revisão com a cara da prova.
Após 15 anos de dedicação e entrega à nobre arte de educar, me sinto perplexo diante da realidade de nossas escolas: cada vez mais o relativismo toma conta da mente e das almas dos ditos educadores. O multiculturalismo com sua agenda socialista e gayzista é seguido à risca por professores, coordenadores, supervisores, gestores e claro diretores. Digo isso porque senti na pele o que acontece com quem se coloca contra o comunismo, o ateísmo e principalmente, sendo esse o maior erro, contra o famigerado homossexualismo.

Um certo dia os alunos me perguntaram se eu era a favor ou contra o homossexualismo. O assunto surgiu após uma brincadeira feita por outros professores com relação à parada gay, e eu fui enfático em dizer que era contra e que possuía vários motivos para ter essa posição. Nesse momento o caos se instalou e todos começaram a falar ao mesmo tempo, gritando as mesmas justificativas de sempre: que era normal na Grécia, pois o professor de história tinha dito; que os animais praticam, pois os professores de biologia tinham explicado; e que toda forma de amar vale pena, como o professor de redação tinha dito (e Lulu Santos também).

A surpresa maior veio na semana posterior, quando fui chamado para uma conversa na coordenação onde a primeira pergunta que me fizeram foi: “que história é essa que você anda dizendo que o homossexualismo é uma doença?” E claro eu respondi: “Uma doença não, porque se fosse o governo tinha que oferecer tratamento e os hospitais não teriam vagas. O homossexualismo é um fetiche, um capricho, um desejo adquirido e eu não acredito que fui chamado aqui para isso”. Logo após a resposta o coordenador tentou disfarçar dizendo que só me chamou porque isso gerou uma certa indisciplina na sala. Mas o melhor ainda estava por vir: na sala dos professores, um professor de história me interpelou dizendo que soube do acontecido e que se ele fosse o pai de um dos alunos viria à escola pedir providências; que eu não tenhoo direito de promover esse discurso de ódio, e me comparou aos nazistas.

Dá pra acreditar? Você pensa que acabou? Ainda não! Nessa mesma semana o coordenador, aquele mesmo, convidou outro professor de biologia, que por acaso é um dos donos da escola para dar uma palestra. Sobre que tema? Sexualidade. Fui assistir, e o que me chamou mais a atenção foi a recomendação dele para as alunas: “se vocês quiserem ter uma vida sexual plenamente realizada se masturbem”.

Outra coisa interessante foi a defesa que ele fez do caráter genético do homossexualismo. Sem citar nenhuma pesquisa e sem colocar nenhum argumento plausível, ele disse que o homossexual já nasce assim, arrancando aplausos dos alunos, meninos e meninas de 15, 16 e 17 anos. Após a falácia eu perguntei: “professor, quais as bases científicas que apoiam essa sua afirmação?”. Resposta: “Nenhuma”. Eu insisti: “Professor, se o homossexualismo é normal entre os animais, por que só identificamos esse comportamento entre os machos? E a resposta: “Não, você está enganado muitas fêmeas esfregam sua cloaca no chão”. No chão! É impressionante. Depois de todos esses acontecimentos vocês já imaginam o que aconteceu. É duro! Esfregar o ... no chão é ato homossexual!


 http://www.escolasempartido.org/depoimentos/47-seja-a-favor-ou-fique-calado

domingo, 10 de fevereiro de 2013

As falácias de um militante travestido de "geneticista" 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Sujeitinho temível

Escrito por Olavo de Carvalho | 08 Fevereiro 2013
Artigos - Cultura




É praticamente inevitável que, num meio social cada vez mais burro e tacanho, cada vez mais materialista, imediatista e dinheirista, um trabalho como aquele que desenvolvo nos meus cursos e conferências desperte todo um florescimento de suspeitas e fantasias paranóicas. Se neste país nem mesmo as pessoas de classe média e alta têm alguma idéia do que seja um filósofo no sentido vulgar, profissional e burocrático do termo, como poderiam entender alguém que busca, na linha de um Louis Lavelle, de um Dietrich von Hildebrand ou de um Gabriel Marcel (autores dos quais nunca se ouve falar na úichpi ou na púqui), restaurar a síntese clássica de cultura, pensamento e vida, a união indissolúvel do saber e do ser, a filosofia como disciplina não só da inteligência, mas da alma?

Incapazes de encontrar para essa atividade uma classificação tranqüilizante na nomenclatura das profissões usuais, muitos são os que conjeturam, para explicá-la, toda sorte de hipóteses extravagantes. O temor caipira mescla-se aí ao fenômeno mais geral e disseminado da adolescência prolongada, gerando as reações mais incríveis e estratosféricas. Sabendo que vez por outra vêm estudantes à minha casa, para aí impregnar-se um pouco de um estilo de vida que dê substância existencial ao que aprenderam nas minhas aulas, papais e mamães, preocupados com a segurança e bem-estar de seus bebês de vinte, trinta ou quarenta anos, perguntam angustiadamente se não se trata de uma seita, de um movimento subversivo ou mesmo de alguma rede internacional de tráfico de escravas brancas, e advertem as criancinhas para que se mantenham a uma prudente distância de coisas tão horríveis.

Aqueles que leram dois ou três livrinhos, o suficiente, no Brasil, para fazer de um retardado mental um jornalista, um professor, um “formador de opinião”, dão expressão pública a essas fantasias domésticas, fornecendo, para explicar as minhas atividades malignas, teorias que, decerto, dizem mais a respeito deles próprios que de qualquer coisa que tenha a ver com a minha pessoa de carne e osso.

Conforme o seu grupo de referência – pois no Brasil não há pensamento individual, só o bom e velho “imbecil coletivo” --, arrumam suas conjeturações e suspeitas numa línguagem que simula a racionalidade-padrão do seu meio social, às vezes chegando até a acreditar que com isso disseram algo de tremendamente cientifico.

A hipótese da “seita”, com direito a escravização mental e genuflexões ante o guru, foi posta em circulação pelo sr. Rodrigo Constantino, o qual não precisou, para isso, nem freqüentar as minhas aulas, nem coletar depoimentos de vítimas traumatizadas, nem muito menos ler os meus livros de filosofia, que passam léguas acima da sua cabecinha, bastando-lhe tão-somente lamber por alto meia dúzia de meus artigos e, vendo aí algumas referências a Deus, concluir que se tratava de religiosidade fanática e doentia (adjetivos redundantes, já que para ele toda religiosidade é isso).

Sendo o sr. Constantino aceito em certos círculos como porta-voz do liberalismo econômico iluminista, disciplina em cujo domínio o ex-ministro Ciro Gomes demonstrou que ele tem a agilidade de uma tartaruga de pernas para o ar, é compreensível que ele pense que todo mundo que não é igual a ele nem comunista deva ser um esquisitão do tipo Rajneesh ou Reverendo Moon.

Já um tal sr. Bertone não sei das quantas, que se diz psicólogo e talvez o seja mesmo, pois no Brasil tudo é possível, assegura que sou um representante vivo do “patriarcalismo burguês”, daqueles que em casa impõem o mais severo moralismo repressivo, mas, quando os filhos chegam aos quatorze ou quinze anos, os levam a um puteiro para que aprendam a ser machões exemplares. Na verdade, a instituição mais próxima de um puteiro à qual fui com meus filhos foi o jardim zoológico. Juro que jamais os levei ao Congresso Nacional.

Em contraste com o sr. Bertone, outros disseram que sou um homossexual ou transexual furioso, desses que não podem ver homem sem ter chilique, e que viajei para a Europa para trocar de sexo, só restando, na minha modesta opinião, esclarecer qual sexo eu tinha antes e qual tenho agora, excluída a hipótese de que eu haja me submetido àquela sangrenta operação duas vezes, de modo a que ninguém desse pela diferença.

Em certos meios militares, estimulados pelo conhecimento da minha amizade de juventude com os srs. José Dirceu e Rui Falcão, e atordoados ante o fato de que eu fizesse críticas à ditadura ao mesmo tempo que a defendia contra acusações demasiado inventivas, correu a história de que eu era um agente de desinformação, um comunista enrustido, íntimo de Nicolae Ceaucescu (o qual estava morto fazia dez anos quando cheguei à Romênia pela primeira vez).

Não espanta, pois, que aqueles que receberam na universidade algumas noções de marxismo – ou do que se entende por isso nas regiões intelectualmente inóspitas do Terceiro Mundo --, não consigam resistir à tentação de me explicar segundo os cânones dessa doutrina, vendo em mim um agente pago do imperialismo internacional, o qual imperialismo, para todos os fins de fato e de direito, fica representado nessa história pelo Diário do Comércio.

O nosso já conhecido sr. Patschiki alerta a seus companheiros que, de parceria com essa organização fascista, planejo matá-los a todos. Ele acredita mesmo nisso, e não me parece que seja possível demovê-lo dessa convicção aterrorizante sem umas boas palmadas no traseiro, não muito eficientes, no entanto, porque ele as interpretará como tentativa de assassiná-lo pela parte mais elevada da sua inteligência.

Publicado no Diário do Comércio.

http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/13841-sujeitinho-temivel.html

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Relojoeiro cego

Você vai ao médico, ele pede um exame de sangue e você descobre que seu filho terá síndrome de Down. O que você faria?

Pensará nos custos? Você não é uma pessoa excepcionalmente egoísta, mas, em meio a sua agenda, como conseguirá lidar com uma criança assim? A agenda já é pesada com trabalho, sexo top (lembre-se: gostosa sempre!), estudos na pós-graduação (afinal, hoje em dia é imperativo agregar valor à vida profissional e pessoal), férias...

Quem tomará conta da criança? Você tem alguém com quem possa contar? Irmãs, mãe, marido? Escola especial? Psicoterapeuta, psicopedagoga?

Claro que essa questão não diz respeito a quem tem já filhos com esse quadro clínico, mas sim àqueles que um dia passarão por isso. Tampouco cabe aqui o argumento de que aqueles que já têm um filho assim o amam e aprenderam a conviver bem com essa situação. Enfim, não se trata de amar ou não os filhos que já se tem, mas sim de escolher os filhos que teremos.

No Brasil, sendo o aborto ilegal numa situação como esta, a tendência, com a chegada até nós desse tipo de exame, é o aumento do aborto ilegal.

A ciência vive pressionando a ética: trata-se aqui da ampliação do poder de escolha informada. Aumentando os recursos técnicos da medicina pré-natal, aumenta-se proporcionalmente a possibilidade de se evitar determinados tipos de gravidez. O nome disso, segundo o filósofo americano Francis Fukuyama, é "design babies" (bebês de prancheta, na tradução brasileira): bebês ao portador, com grau máximo de saúde.

Católicos dirão que a vida pertence a Deus. Quem não crê nisso tem diante de si a seguinte questão: por que devo me submeter ao mero acaso? Afinal, a criança não foi fruto de um orgasmo (masculino, no mínimo)? Se o acaso decidiu qual óvulo e espermatozoide que estariam a postos, por que devo eu me submeter a tamanho capricho cego?

Não seria essa criança apenas uma carta triste no baralho, baralho este criado por um relojoeiro cego? Explico: a teoria do design inteligente (Deus criou o universo) afirma que sendo o universo organizado, não seria possível imaginar que ele teria surgido sem um criador inteligente (o relojoeiro criador).

Ateus em geral, ironizando, até aceitam que exista uma ordem, mas esta ordem seria fruto do acaso cego, daí o "relojeiro cego" que fala o darwinista Richard Dawkins em seu livro "Blind Watchmaker" (relojoeiro cego).

Se não devemos nada a ninguém, por que não tomarmos nosso destino nas mãos e ter o "melhor filho" possível? Tomar o destino em nossas mãos é optarmos pelos ganhos técnicos à mão, ou seja, a artificialização da vida.

Quanto aos crentes, em tempo abraçarão a causa, dirão que Deus nos fez inteligentes para tomarmos decisões inteligentes. A Igreja Católica, mais lenta, 500 anos depois também aceitará, como aceitou Galileu.

O processo de ampliação de escolha informada implica, num prazo de tempo não muito preciso, a crescente artificialização da atividade reprodutiva humana. Isso é tão inevitável como a ampliação dos direitos civis, tais como voto das mulheres, casamentos gays, direitos da mulher sobre seu corpo, e afins.

Se você vê um dia um homem aparentando 60 anos, mas com corpo e disposição de 40, correndo no Ibirapuera ao lado de uma gostosa de 25, você talvez não imagine quantos remédios ele tomou quando acordou, entre eles, um Viagra.

Isto é a artificialização da vida. Dito assim, parece um absurdo do cinema de ficção científica, mas na prática, é banal como tomar vitaminas e vacinas.

Num futuro próximo, ter filhos pelo método do acaso será como negar vacinas aos filhos. Um ato de irresponsabilidade reprodutiva. Empresas de seguro cobrarão mais caro por apólices de crianças geradas pelo relojoeiro cego. Ou simplesmente recusarão estas apólices.

ONGs farão campanhas para criminalização da reprodução não assistida pela medicina pré-natal genética em nome da sustentabilidade social das crianças geradas e dos custos de saúde pública.

Vejo mesmo o comercial: "Dê a seu filho o que você tem de melhor, Bradesco Biotecnologia".


Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/1225208-relojoeiro-cego.shtml

sábado, 2 de fevereiro de 2013

http://www.unitedearth.com.au/lubicz.html

Schwaller de Lubicz
Lima Barreto: um grito brasileiro


Espírito e personalidade

Quinta, 31 Janeiro 2013 

Escrito por Olavo de Carvalho




C espírito é aquilo que só chega a nós pelo pensamento, mas que o pensamento, por si, não pode nem criar nem alcançar. O espírito é a verdade do pensado, a qual, por definição, está para além do pensamento, mesmo nos casos em que este cria o seu próprio objeto.

Quando, por exemplo, criamos mentalmente um triângulo, este já traz em si todas as suas propriedades geométricas que o pensamento, nesse instante, ainda ignora por completo; e quando ele as tiver descoberto uma a uma, ao longo do tempo, terá de confessar que estavam no triângulo em modo simultâneo antes que ele as apreendesse. E mesmo quando ele apreende uma só, apreende algo que está no triângulo e não nele próprio.

Não há, na esfera do mental, nenhuma diferença entre pensar o falso e pensar o verdadeiro. O pensamento só se torna veraz quando toca algo que está para além dele, algo que não se reduz de maneira alguma ao ato de pensar e nem ao pensamento pensado. Esse algo é o que chamamos "verdade". Como se vê no exemplo do triângulo, a verdade está para além do pensamento até mesmo quando o objeto deste é criado pelo próprio pensamento: o pensamento não domina e não cria a veracidade nem mesmo dos objetos puramente pensados. A verdade só aparece para além de uma fronteira que o pensamento enxerga mas não transpõe. A verdade é o reino do espírito.

A verdade é espírito, mesmo quando apreendida num objeto material. Nossos sentidos podem apreender a presença de um objeto, mas não podem, por si, decidir se essa presença é real ou imaginária. O pensamento tem de intervir, colocando perguntas que completem e corrijam a mera impressão. Ele o faz em busca da verdade do objeto, mas, quando chega a tocar nela, sabe que ela está não apenas para além dos sentidos, mas para além dele próprio, caso contrário não seria verdade de maneira alguma e sim apenas uma impressão modificada pelo pensamento.

A verdade é sempre transcendente à esfera do pensamento, das sensações, das emoções, de tudo quanto constitui o "mental". Os testes de QI não medem a quantidade da atividade mental, mas a sua eficiência em transcender-se, em apreender a veracidade do objeto – a sua capacidade de vislumbrar, para além da esfera do pensado, o reino do espírito.

Essa capacidade não se chama "pensamento", mas inteligência. Ela é inteiramente alheia à quantidade, intensidade ou elegância formal do pensamento. "De pensar, morreu um burro", diz o ditado. Pensar falsidades dá tanto trabalho, e às vezes até mais, do que chegar à verdade. O pensamento bom não é aquele que se compraz na riqueza dos seus próprios movimentos, mas aquele que se recolhe humildemente para dar passagem à inteligência, à percepção da verdade.

A correção formal do pensamento pode ser importante, às vezes, mas o pensamento, por si, não tem como apreender sequer a verdade da sua própria correção formal. Tomar consciência da correção formal de um silogismo não é um pensamento: é a percepção instantânea – intuitiva, se quiserem – de um nexo necessário entre dois pensamentos. Se não fosse assim, seria apenas um terceiro pensamento, cujo nexo com os outros dois teria por sua vez de ser provado silogisticamente, e assim por diante até à consumação dos séculos. Mesmo a mera veracidade formal é veracidade, e transcende o pensamento.

Pessoas que pensam muito são, só por isso, chamadas de "intelectuais", mas isso é errado: a vida do intelecto só começa na fronteira em que o pensamento se apaga para dar lugar ao vislumbre da verdade.

Tanto o pensamento quanto as impressões, a memória ou as emoções não fazem senão acumular motivos para que a verdade surja, depois, numa percepção instantânea. Essa acumulação pode ser longa e trabalhosa, mas ela não é nunca a finalidade, a meta de si própria.

Toda educação da inteligência deveria ter essas obviedades em conta, mas isso se tornou quase impossível numa época que virou as costas à própria noção da verdade – para não falar do espírito –, substituindo-a pela de projeção subjetiva, adequação, utilidade, interesse de classe, criação cultural, etc., como se todas estas noções não afirmassem implicitamente a sua própria veracidade e não restaurassem assim, meio às tontas, aquilo que desejariam suprimir.

No curso da sua evolução temporal, o indivíduo chega a ter uma "personalidade intelectual" quando a submissão do seu pensamento ao espírito se tornou um hábito adquirido e se integrou na sua alma como reação usual e quase inconsciente.

Em sentido estrito, conduzir o estudante a essa passagem de nível seria o objetivo de toda educação superior, mas a redução das universidades à condição de escolas profissionais ou de centros de adestramento ideológico para militantes veio a tornar esse objetivo inteiramente utópico, elitizando em vez de democratizar o acesso aos bens superiores do espírito como prometem fazê-lo todos os governos do mundo.

O caminho, decerto, não está bloqueado para os estudantes que tenham iniciativa pessoal e alguns recursos. O problema é que a conquista de uma personalidade intelectual num ambiente que desconhece a mera existência dessa possibilidade humana – o caso, sem dúvida, do meio universitário brasileiro hoje em dia – é fonte de inumeráveis dificuldades psicológicas para o estudante, a começar pela quase impossibilidade de encontrar pessoas do mesmo nível de consciência com as quais possa ter diálogo e amizade. A personalidade intelectual só pode ser compreendida desde outra personalidade intelectual: o diálogo com indivíduos desprovidos dela é uma transmissão sem receptor, a ocasião de malentendidos e sofrimentos sem fim.

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia

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