sexta-feira, 31 de agosto de 2012



 A verdadeira "Guerra Fria" só agora está começando – e, aliás, já veio quente. A concorrência entre "capitalismo" e "socialismo" foi apenas um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre Oriente e Ocidente é para valer.

A mitologia infantil que a população consome sob o nome de "jornalismo" ensina que o Leitmotiv da históriamundial desde o começo do século 20 foi o conflito entre "socialismo" e "capitalismo"; conflito que teria chegado a um desenlace em 1990 com a queda da URSS.
Desde então, reza a lenda, vivemos no "império do livre mercado" sob a hegemonia de um "poder unipolar" – a maldita civilização judaico-cristã personificada na aliança Estados Unidos-Israel, contra a qual se levantam todos os amantes da liberdade: Vladimir Putin, Fidel Castro, Hugo Chávez, Mahmud Ahmadinejad, a Fraternidade Muçulmana, o Partido dos Trabalhadores, a Marcha das Vadias e o Grupo Gay da Bahia.
A dose de burrice necessária para acreditar nessa coisa não é mensurável por nenhum padrão humano. No entanto, não conheço um só jornal, noticiário de televisão  ou curso universitário, no Brasil, que transmita ao seu público alguma versão diferente dessa.
A história da carochinha tornou-se obrigatória não somente como expressão da verdade dos fatos,  mas como medida de aferição da sanidade mental: contrariá-la é ser diagnosticado, no ato, como louco paranoico e  "teórico da conspiração".
Como já me acostumei com esses rótulos e começo até a gostar deles, tomo a liberdade de passar ao leitor, em versão horrivelmente compacta, algumas informações básicas e arquiprovadas, mas, reconheço, difíceis de acomodar num cérebro preguiçoso.
A suprema elite capitalista do Ocidente – os Morgans, os Rockefellers, gente desse calibre – jamais moveu uma palha em favor do "capitalismo liberal". Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o socialismo fabiano na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, o socialismo marxista na URSS, na Europa Oriental e na China e o nacional-socialismo na Europa Central. Gastou, nisso, rios de dinheiro. E assim criou o parque industrial soviético, no tempo de Stálin, a indústria bélica do Führer e, mais recentemente, a potência econômico-militar da China.
Nos conflitos entre os três socialismos, o fabiano saiu sempre ganhando, porque é o único que tem a seu serviço a tecnologia mais avançada, uma estratégia flexível para todas as situações e, melhor ainda, todo o tempo do mundo (o símbolo do fabianismo é uma tartaruga). 
O nazismo, cumprida sua missão de liquidar as potências europeias e dividir o mundo entre a elite ocidental e o movimento comunista (precisamente segundo o plano de Stálin), foi jogado na lata do lixo da História; do fim da 2ª Guerra até o término da década de 80, só subsistiu sob a forma evanescente de "neonazismo", um fantasma acionado pelos governos comunistas para assustar as criancinhas e desviar atenções.
O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: ao contrário, adora-o e cultiva-o, porque a economiamarxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos. E também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global.
O s comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para os seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do Ocidente.  
Os pontos de atrito inevitáveis são debitados na conta da "cobiça capitalista", fortalecendo a autoridade moral dos comunistas ante os idiotas do Teceiro Mundo e, ao mesmo tempo, ajudando os fabianos a apertar os controles estatais sobre as economias do Ocidente, estrangulando desse modo o capitalismo a pretexto de salvá-lo.
Os "verdadeiros crentes" do liberalismo econômico é que pagam o pato: sem poder suficiente para interferir nas grandes decisões mundiais, tornaram-se mera força auxiliar do socialismo fabiano e, em geral, nem mesmo o percebem, tão horrível é essa perspectiva para as suas almas sinceras.
Ás vezes, entretanto, a concorrência fraterna entre fabianos e comunistas desanda: com a queda da URSS, aqueles acharam que tinha chegado a hora de colher os lucros da sua longa colaboração com o comunismo, e caíram sobre a Rússia como abutres, comprando tudo a preço vil, inclusive as consciências dos velhos comunistas.
O núcleo da elite soviética, porém, a KGB, não consentiu em amoldar-se ao papel secundário que agora lhe era destinado na nova etapa da revolução mundial. Admitiu a derrota do comunismo, mas não a sua própria. Levantou a cabeça, reagiu e criou do nada uma nova estratégia independente, o eurasianismo, mais hostil a todo o Ocidente do que o comunismo jamais foi. 
O fabianismo, que nunca foi de brigar com ninguém e sempre resolveu tudo na base da sedução e da acomodação (inclusive com Stálin e Mao), finalmente encontrou um oponente que não aceita negociar. A "Guerra Fria" foi, em grande parte, puro fingimento: a elite Ocidental concorria com o comunismo sem contudo nada fazer para destruí-lo. Ao contrário, ajudava-o substancialmente. Putin não é um concorrente: é um inimigo de verdade, cheio de rancor e sonhos de vingança.
A verdadeira "Guerra Fria" só agora está começando – e, aliás, já veio quente. A concorrência entre "capitalismo" e "socialismo" foi apenas um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre Oriente e Ocidente é para valer. 
Não por coincidência, o fiel da balança é o Oriente Médio, que fica a meio caminho entre os dois blocos. Ali as nações muçulmanas terão de decidir se continuam servindo de instrumento dócil nas mãos dos russos, se aceitam a acomodação com a elite fabiana ou se querem mesmo fazer do mundo um vasto Califado.
Já a elite ocidental, que fala pela boca do sr. Barack Hussein Obama, parece decidida a fazê-las pender nesta última direção, por motivos que, de tão malignos e imbecis, escapam ao meu desejo de compreendê-los. 
Isso, caros leitores, é o que está acontecendo, e nada disso vocês lerão na Folha de São Paulo nem em O Globo.

Publicado no Diário do Comércio.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012



Uma geração de doutrinados

Por Márcio Leopoldo Maciel

Ele é um dos maiores sucessos do mercado editorial brasileiro. Em 2007, segundo dados da Revista Época, seus livros alcançaram 10 milhões de exemplares vendidos. De acordo com seu editor, eles são usados por mais de 50 mil professores, tanto em escolas públicas, quanto em escolas privadas. Desde 1998, estimativas do MEC, mais de 20 milhões de estudantes usaram a coleção de livros didáticos. O MEC contribui bastante, só em 2005 adquiriu 3,5 milhões de exemplares. Em 2010 as compras foram modestas, mesmo assim, o MEC gastou 2,5 milhões de reais na compra de 77 mil exemplares do volume único para o Ensino Médio. Parece pouco, mas esses números colocam o título entre os mais comprados em 2010 pelo MEC para o ensino de História. Assim, a dicotomia abaixo é conhecida pela maioria dos estudantes brasileiros. 
Antes de ligar o milagre ao santo, vejamos o que o MEC diz sobre um dos livros do autor. No Catálogo do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio de 2008, material que auxilia os professores na escolha dos livros didáticos que serão adotados nas escolas, podemos ler o seguinte:
[a obra] problematiza o conhecimento histórico e valoriza a diversidade de possibilidades interpretativas.
É priorizado o ensino voltado para a formação do aluno como um cidadão autoconsciente e crítico.
Há preocupação com a construção da cidadania.
Embora não haja uma discussão explícita sobre conceitos e noções, alguns deles são empregados de forma adequada ao longo da obra.
Embora as imagens acima não façam parte do livro analisado pelo MEC, o conteúdo dele é praticamente o mesmo das outras obras do autor, obras em que encontramos as imagens. Se as palavras ainda significam o que normalmente significam e se não houve torções semânticas nos termos usados pelo MEC na avaliação, os livros da coleção Nova História Crítica, de Mario Schmidt, desmentem de modo cabal o que vai escrito acima.
Primeiro é importante fazer um esclarecimento: em 2007 houve uma grande polêmica envolvendo os livros de Mario Schmidt.  O diretor da Central Globo de Jornalismo e colunista do Jornal O Globo Ali Kamel escreveu um artigo denunciando a doutrinação ideológica presente no livro Nova História Crítica 8ª série. Na ocasião, diversos setores da imprensa trataram do tema, entre eles o Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a Revista Época, da qual extraí alguns dos números citados. O jornalista Reinaldo Azevedo também deu destaque à polêmica,  é dele o crédito pela pesquisa das compras do MEC no ano de 2005. Olavo de Carvalho, já em 1998, alertava para o conteúdo doutrinário da Nova História Crítica.
Um segundo esclarecimento: li diversas reportagens, artigos de jornal e entrevistas sobre os livros de Mário Schmidt. Das reportagens quero destacar as opiniões dos especialistas (a maioria professores universitários) que pareciam concordar em um ponto: todo e qualquer livro é ideologicamente orientado. Assim minimizavam as críticas ao conteúdo doutrinário da coleção Nova História Crítica. Concluo que ou eles desconhecem os livros, ou concordam com o que está lá, porque o que está lá vai muito além do “um pouco de ideologia todo livro tem”.
Nos blogs, o mais criticado foi Ali Kamel e, por tabela, a Rede Globo. Segundo muitos, “queriam proibir o melhor livro de história”. O principal argumento de alguns blogueiros: o jornalista havia selecionado pequenos trechos do livro, o que altera a percepção da obra. Além disso, dizem, ele escondeu as críticas que Mario Schmidt faz ao socialismo. Essa tese é falsa. Em favor de Kamel poderia ser dito o óbvio, ele não poderia reproduzir o conteúdo de um livro em um artigo de jornal.
Naquela ocasião o MEC avisou que o livro de Mario Schmidt havia sido rejeitado por uma comissão avaliadora e não faria parte do guia do livro didático para o Ensino Fundamental em 2008. Entretanto, como vimos, o livro Nova História Crítica para o Ensino Médio – volume único participou normalmente do processo e foi recomendado pelo Catálogo. No ano passado, registre, o MEC adquiriu 77 mil exemplares desse mesmo livro. 
A COLEÇÃO NOVA HISTÓRIA CRÍTICA
A linguagem é chula, o maniqueísmo é escancarado, há simplificações grosseiras, deturpações e omissões propositais. E, claro, muita doutrinação ideológica.
Dizem que um bom texto não leva tantos adjetivos, mas como qualificar certas coisas? Ora, justificando cada um dos adjetivos empregados. É o que pretendo fazer.
Comecemos pela foto acima, talvez o mais simbólico. Seria irônico se não fosse trágico constatar que um autor dito humanista e claramente marxista reificou um ser humano para satisfazer seus propósitos ideológicos. Transformou um indivíduo em coisa em nome de seu proselitismo político vulgar. Ali não há uma crítica à sociedade capitalista, ali há, sim, uma evidente exploração da condição lamentável daquele homem. É pior, Schmidt força o indivíduo a debochar de sua própria condição. O que ele diria, que os fins justificam os meios? Seria coerente com a ideologia que defende. A crítica em si é esdrúxula do ponto de vista histórico, político e econômico, mas, mesmo assim, se ele pretendia fazê-la, que a fizesse sem recorrer à piada de muito mau gosto. Ele poderia ter exposto a imagem e ter dito que aquela situação é causada pelo capitalismo ou pelo neoliberalismo. Continuaria errado, mas não seria tão desumano. Deixo aqui um recado ao leitor: se o teu sistema moral permite esse escárnio, teu sistema moral permite muitas coisas. Infelizmente aquela imagem não é a única nos livros da coleção Nova História Crítica, observe:
(clique nas imagens para melhor visualizá-las sem sair desta página) 
Segundo o MEC, no Guia de 2008, no livro é “priorizado o ensino voltado para a formação do aluno como um cidadão autoconsciente e crítico”. Temos um problema semântico aqui. Aliás, dois. O que significa para o MEC ‘autoconsciente’ e ‘crítico’? O indivíduo ‘autoconsciente’ é consciente de que? É uma questão importante. O problema da palavra ‘crítica’ é pior. No Dicionário Houaiss, uma de suas acepções é “capacidade de julgar, de examinar racionalmente livre de preconceitos e sem julgamento de valor”, porém, sabemos que ‘crítica’ é usada em alguns contextos pedagógicos como adoção de certo conteúdo ideológico muitas vezes eivado de preconceito e dogmatismo. A apresentação de Ronald Reagan abaixo se encaixa em qual definição?
Compare o que você acabou de ler com aquilo que o MEC afirma sobre o livro: [a obra] problematiza o conhecimento histórico e valoriza a diversidade de possibilidades interpretativas. É possível qualquer interpretação além daquela em que Reagan foi um idiota nazista? O que vai acima não uma exceção, é a regra. O maniqueísmo do livro não é só perceptível, ele está na letra fria do texto. O que Mario Schmidt diz sobre a visita de Reagan à Alemanha é, no mínimo, escandaloso. Aliás, no livro não há qualquer referência ao discurso de Reagan em frente ao Portão de Brandemburgo em 1987. Sim, aquele discurso em que Reagan diz“Senhor Gorbatchev, derrube este muro!” Um dos fatos mais relevantes do Século XX é sonegado dos estudantes, que recebem a versão “Reagan foi à Alemanha louvar seus heróis nazistas”.
De qualquer forma, os alunos não entenderiam o pedido de Reagan, pois segundo Mario Schmidt, os americanos foram os principais responsáveis pela construção do Muro de Berlim. Isso mesmo. A história resumida é a seguinte: no fim da Segunda Guerra os americanos estavam ricos, os russos, arruinados pela invasão nazista. Assim, os americanos puderam investir na Berlim Ocidental e criaram a falsa ideia de prosperidade capitalista. Os russos, acuados, construíram o muro. Schmidt diz que nada justifica a construção do muro, mas ele já havia justificado. O procedimento é amplamente utilizado por Schmidt no relato de diversos eventos históricos.
Preste a atenção no seguinte trecho, o contexto são as ditaduras na América do Sul, mas Schmidt está falando do Brasil: “O que a ditadura teve de bom” – “Mas as ditaduras não tiveram nada de bom”?, as pessoas costumam perguntar. Na verdade essa é uma falsa pergunta pois não leva em conta que o positivo serviria de desculpa esfarrapada para o negativo.” Uma flagrante contradição com o conteúdo dos livros, o que manifesta certo desdém pela inteligência dos estudantes, já que Schmidt gasta muitas páginas para propagar a superioridade intelectual, moral e econômica das ditaduras socialistas e a infalibilidade de algumas de suas lideranças. As críticas que ele faz são pálidas e laterais, diluídas pela imagem perfeccionista que constrói do socialismo.
Não é preciso provar que os livros são pura doutrinação ideológica, isso está escrito em um deles. Em Nova História Crítica da América podemos ler: "Contra a História Tradicional (HT). A História Tradicional nos faz decorar os heróis da classe dominante.”  Schmidt está entre aqueles historiadores que acreditam que apelar para a “luta de classes”, ou qualquer outro conceito, torna a História 100% permeável. A História aceita muitas interpretações, é verdade, mas não todas as possíveis. Algumas são risíveis porque precisam apagar centenas de fatos para manter a versão, a fábula, de pé.
Repare no herói abaixo, Che Guevara aparece associado ao que os jovens normalmente apreciam. Ardil recorrente nos livros, forçar a crença de que para ser descolado, inteligente e humano é preciso ser de esquerda.
 
Em um quadro destacado “O QUE PENSAVAM OS JOVENS DOS ANOS 60” (nas entrelinhas: O QUE VOCÊ DEVE PENSAR), Schmidt apresenta seu ideal de jovem (um roteiro para compreender os livros). Ele pergunta: “O que você estaria pensando se fosse um estudante nos anos 60?” E responde: “Provavelmente você seria de esquerda. Teria lido a História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman… Lenin seria sempre citado. Che Guevara venerado como herói. Você teria ódio dos EUA,mas desconfiaria que o socialismo soviético era burocratizado.”  E ele termina dizendo: O problema é que muitos [daqueles jovens] se tornariam, nos anos 90, empresários gananciosos, executivos cínicos… Aí está o que ser e o que não ser, o que pensar e, principalmente, o que odiar.
O cerne da obra, falo especificamente de quando trata da política nos séculos XIX e XX, pode ser assim resumido: o capitalismo é nefasto; os EUA, a expressão desse mal. Qualquer coisa positiva vinda de um ou de outro é obra do acaso, a motivação certamente era pérfida. Por outro lado, o socialismo é o sonho possível, obra dos homens sábios e de bom coração. Infelizmente foi vítima dos EUA e da burocracia stalinista; porém, nada diminui o fato de que a intenção era nobre. Nada! Aliás,“havia socialismo naquilo?”, isto é, na URSS, é uma das poucas perguntas não retóricas dos livros. Um dos raros momentos em que o autor não induz a resposta. É a dúvida que interessa, então ele apresenta cinco versões para o que havia na URSS. Entretanto, não há dúvidas de que o socialismo em Cuba e na China foi um sucesso. Esses dois países legaram à humanidade grandes estadistas, Fidel Castro e Mao Tsé-tung.
 







A Venezuela começa sua profunda transformação social (semiótica)
O que há em comum entre Che, Mao e Chávez? São de esquerda, certo, mas além disso? São intelectuais! Outra das dicotomias apresentadas por Schmidt, a esquerda reúne a nata intelectual do planeta, na direita só há brucutus. Che escreveu sobre economia e política; Mao foi professor, também autor de livros sobre economia e política; Chávez, filho de professores, formado em Sociologia e pós-graduado em Ciência Política.
Marcuse, Althusser, Lukács, Gramsci, Leo Huberman, o estudante que utilizar a coleção Nova História Crítica ficará com a impressão de que a teoria política no século XX se resume ao que é discutido por esses autores e mais alguns outros, todos de esquerda, em sua maioria comentaristas da obra de Marx. Hayek e Friedman são citados en passant como ideólogos do neoliberalismo em um pequeno quadro que “explica” as ideias políticas de Reagan e Thatcher. Na maioria dos livros de Schmidt, esse quadro é ilustrado pelas imagens daquele homem “dizendo” “Aí, galera: viva o capitalismo neoliberal!” (ou liberal, dependendo do contexto) e daquelas crianças “dizendo” “ainda bem que meu país não é socialista…”
Repare como os conceitos são adequadamente apresentados no pequeno trecho abaixo:
ESQUERDA X DIREITA (a definição de Mario Schmidt)
esquerda é favorável às transformações sociais, está sempre querendo mais direitos para os trabalhadores. Os Social-Democratas (socialistas reformista) eram de esquerda. Os comunistas eram de extrema esquerda.
centro é uma espécie de direita moderada.
direita é bastante conservadora, repudiando mudanças sociais profundas e dizendo que medidas a favor dos trabalhadores prejudicam à nação. A extrema-direita defende ditaduras violentas e o fim dos direitos mais elementares do povo. Os fascistas são de extrema-direita.

Agora a diferença entre o capitalismo e o socialismo:
CAPITALISMO X SOCIALISMO (a definição de Mario Schmidt)
Uma das principais diferenças entre o capitalismo e o socialismo é que no capitalismo a economia é subordinada ao mercado e no socialismo a economia é planificada. Por exemplo, o que é mais importante para o bem-estar social, que o país fabrique sapatos ou secadores de cabelos? Num país capitalista, quem decide o que vai ser produzido é o dono da empresa, baseado nas necessidades do mercado. Se fabricar sapatos ou secadores de cabelos der mais lucro, ele irá investir em secadores de cabelo. Isso não é resultado da insensibilidade do burguês, mas da própria realidade do mercado. Na selva, temos que ser selvagens.
São exemplos tão contundentes de doutrinação ideológica que merecem uma análise exaustiva em outro momento. Foram essas definições que levaram o MEC a declarar que Embora não haja uma discussão explícita sobre conceitos e noções, alguns deles são empregados de forma adequada ao longo da obra”?
Mario Schmidt não deixa espaço para incerteza ou contestação. O marxismo nunca sofreu de humildade epistêmica. Os críticos da esquerda são apresentados como monstros insensíveis ou idiotas irreversíveis, na maioria das vezes, dignos de escárnio. Cabe destacar, mesmo sendo uma obviedade, que a ridicularização de personalidades ou de ideias por si só não é convincente; pelo contrário, gratuita, tende a chocar. O recurso é mais utilizado para consolidar um conteúdo prévio ou concomitante. Assim, aquilo que Schmidt diz sobre Reagan, entre outros, embora seja parte da doutrinação, também é indício ou prova de uma doutrinação ainda maior, isto é, a imagem que ele constrói ao longo da obra, o que torna a “piada engraçada” e não chocante. Por isso é má estratégia de defesa argumentar que os trechos selecionados distorcem a percepção das obras. Schmidt oferece uma narrativa coesa, e isso não é um elogio, mas uma constatação. O marxismo é apresentado como ciência que explica as ocorrências de outras teorias na história da humanidade. É esse aparente rigor científico que “autoriza” o deboche. Tome como exemplos disso as definições conceituais de esquerda x direita e capitalismo x socialismo acima. O didatismo (no bom sentido) está apenas na forma, o conteúdo é mera propaganda e desinformação.
A ridicularização como mecanismo de convencimento é uma evidente desonestidade intelectual, mas que estudante é capaz de contestar o professor e o livro didático chancelado pelo Ministério da Educação? No mais das vezes acata por desinteresse ou adquire um entusiasmado interesse alicerçado pelo profundo convencimento. Os primeiros são as pessoas comuns que normalmente não gostam de política; quando questionadas, tendem a expressar o que estudaram no colégio. Os segundos são os militantes que trasbordam certeza e intolerância.
Limitar horizontes nunca esteve entre os objetivos da educação, mas é característica da doutrinação imposta às crianças e aos jovens brasileiros patrocinada pelo Ministério da Educação e recebe o nome absurdo, dado o contexto, de ‘crítica’. Ora, isso é precisamente o seu oposto. Muitos dos que advogam essa posição, alguns deles com boas intenções, sustentam que o “bem” não precisa de argumentos, mas de aceitação. Esse é o axioma de todas as ditaduras. Em outras palavras, o povo brasileiro paga para que seus filhos tenham uma educação que pouco qualifica tecnicamente para tentar compreender o mundo, não obstante, forma o “homem pleno”, consciente de meia dúzia de preconceitos e ideias irrefletidas – com o mundo na palma dos cascos.     
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Ali Kamel: O que ensinam às nossas crianças (link do Escola sem Partido)
O Estado de São Paulo: 20 milhões utilizaram livro polêmico
Olavo de Carvalho: Neutralidade e ortodoxia

sábado, 25 de agosto de 2012

David Sylvian and Robert Fripp - Wave

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


They Live - John Carpenter

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012


  O Brasil que eu gosto!

domingo, 19 de agosto de 2012


Por Olavo de Carvalho - Diário do Comércio
Quando o dinheiro é mais prezado do que a soberania nacional, é que todo mundo já jogou o país no lixo. 
A  imagem oficial dos combates travados entre os anos 60 e 70 no Brasil opõe, de maneira reiterada e obsessiva, os "jovens" guerrilheiros aos "velhos" generais. Adolescentes românticos e entusiastas contra setentões endurecidos e carrancudos. O estereótipo, instituído pela minissérie "Anos Rebeldes" (Globo, 1992), tornou-se obrigatório em todos os filmes, romances, contos, novelas de TV e reportagens, ao ponto de arraigar-se no imaginário popular como uma  cláusula pétrea da verdade histórica, a base infalível de tudo que se pensa, acredita   e sente daquele período histórico.
O simbolismo aí embutido é auto-evidente: a juventude representa a inocência, o idealismo, a esperança, a visão rósea de um mundo melhor; a velhice personifica o realismo cínico, a acomodação ao mal, o apego tacanho a uma ordem social injusta e caquética.
No entanto, é claro que nada disso corresponde aos fatos. Vejam os comandantes da guerrilha. Carlos Marighela era jovem? Joaquim Câmara Ferreira era jovem? Jacob Gorender era jovem? E os soldadinhos das Forças Armadas que trocavam tiros com os terroristas nas ruas e nos campos eram anciãos? Como em todas as guerras, os comandantes dos dois lados eram homens velhos ou maduros, os combatentes em campo eram jovens. Sob esse aspecto, nada se inventou  no mundo desde os tempos homéricos.
A deformação cronológica já basta para mostrar que a visão daqueles tempos disseminada por empresas de mídia, artistas, escritores, editores, jornalistas e professores é pura obra de propaganda. Propaganda tanto mais maliciosa e perversa quanto mais adornada do rótulo autolisonjeiro de "pesquisa histórica". Por mais documentos que se revirem, por mais entrevistas que se ouçam, não há pesquisa histórica quando as perguntas são sempre as mesmas e os aspectos antagônicos são sistematicamente evitados.
Desde logo, as guerrilhas são sempre mostradas como fruto de reação ao golpe de 1964. Isso é absolutamente falso. As guerrilhas começaram em 1962, em pleno regime democrático, orientadas e subsidiadas pela ditadura cubana e ajudadas pelo presidente da República, de modo a articular, segundo a estratégia comunista clássica, a "pressão de baixo" com a "pressão de cima", a agressão armada no subterrâneo da sociedade com a agitação política vinda das altas esferas do poder. Não foram concebidas para derrubar uma ditadura, mas destruir qualquer governo, democrático ou ditatorial, que se opusesse ao plano de Fidel Castro de  instituir um regime comunista no continente.Investiguem um a um os guerrilheiros, desde os líderes e planejadores até o último tarefeiro encarregado de vigiar os sequestrados. Não poucos dentre eles eram maoístas, discípulos de um monstro genocida, pedófilo e estuprador. E entre os demais não se encontrará um só que não fosse comunista, marxista-leninista, acima de tudo devoto da Revolução Cubana, que àquela altura já havia matado pelo menos 17 mil civis, quarenta vezes mais que o total de "vítimas", quase todas combatentes, que, num país de população bem maior que a de Cuba, o nosso regime militar viria a fazer ao longo de vinte anos.
Em plena contradição com o culto paralelo do "Che", as guerrilhas também surgem como um fenômeno isoladamente nacional, sem as conexões internacionais que a criaram, sustentaram e orientaram durante todo o tempo da sua existência.
Vasculhem novelas, reportagens, o diabo: raramente encontrarão referência à OLAS, a Organização Latino-Americana de Solidariedade, ancestral do Foro de São Paulo, criada nos anos 60 pela KGB e por Fidel Castro para disseminar na América Latina "um, dois, muitos Vietnãs", segundo a fórmula consagrada pelo teórico Régis Débray num livrinho idiota, A Revolução na Revolução, que os nossos guerrilheiros liam como se fosse a Bíblia.
Tudo, absolutamente tudo o que a guerrilha fez foi planejado, determinado e subsidiado desde a OLAS – o que é o mesmo que dizer: desde a Lubianka, a sede da KGB em Moscou --, o Brasil só entrando na história como o cenário inerme, um dos muitos, onde deveriam realizar-se os planos de ocupação continental concebidos pelos mentores do regime mais assassino e cruel que o mundo já conheceu.
Se a expressão “OLAS” prima pela ausência, mais inaudíveis, ilegíveis e invisíveis ainda são as iniciais K, G, B. Decorrido meio século dos acontecimentos, os esforçados "pesquisadores"  da Globo, do SBT, da Folha e das universidades ainda não se lembraram de examinar os Arquivos de Moscou, onde centenas de autênticos pesquisadores, nos EUA e na Europa, têm certificado, acima de qualquer possibilidade de dúvida, a presença dominante do governo soviético na coordenação de todos os movimentos guerrilheiros no Terceiro Mundo.
O único que se interessou por esse material explosivo foi o repórter da Globo, William Waack, e só pesquisou ali acontecimentos dos anos 40, nada do tempo das guerrilhas. Mesmo assim, sua breve passagem pelos Arquivos de Moscou abriu uma ferida profunda no orgulho esquerdista, mostrando que Olga Benário Prestes não foi  uma inocente militante perseguida pela ditadura getulista, e sim uma agente do serviço secreto militar soviético. 
Um exemplo escandaloso do desinteresse em saber a verdade é o caso José Dirceu. O criador do Mensalão sempre se descreveu como um "ex" agente do serviço secreto militar cubano. Que história é essa de "ex"? Nenhum militar sai do serviço sem dar baixa oficialmente. Cadê o certificado de dispensa? Respeitosos, cabisbaixos, cientes de seus deveres de lealdade para com o segredo tenebroso das esquerdas, nossos repórteres sempre se abstiveram de fazer ao ex-deputado essa pergunta irrespondível. Resultado: com grande probabilidade, um agente estrangeiro, em pleno serviço ativo, presidiu um partido, brilhou na Câmara dos Deputados, berrou, denunciou, acusou e roubou o quanto quis.
As pessoas se escandalizam com o roubo, mas não com a intromissão cubana. Quando o dinheiro é mais prezado que a soberania nacional, é que todo mundo já jogou o país no lixo. A moral nacional hoje em dia resume-se no versinho humorístico que andou circulando pelo youtube: "Zé Dirceu, eu quero o meu."
Do desprezo geral pela busca da verdade resulta a ausência completa da ação soviética na imagem popular das décadas de 60-70.  No entanto, em 1964, a KGB tinha na sua folha de pagamentos, entre milhares de profissionais de várias áreas, pelo menos uma centena de jornalistas brasileiros. Algum "pesquisador" tentou descobrir seus nomes, saber se ainda estão por aí, perguntar quanto embolsaram em dinheiro extorquido de uma população escrava? Nada. Silêncio total.
Com igual silêncio foi recebida minha sugestão de que algum dos (des)interessados entrevistasse Ladislav Bittman, o espião tcheco que confessou ter falsificado documentos para dar a impressão (até hoje aceita como pura verdade histórica) de que os EUA planejaram e comandaram o golpe de 1964.
Em compensação, a CIA é onipresente. No imaginário popular, funcionários dessa agência americana pululavam no Brasil, espionando, comprando consciências, tramando a morte de inocentes comunistas. É por isso que ninguém quer entrevistar Ladislav Bittman. O chefe da espionagem soviética no Brasil lhes contaria que na ocasião do golpe a KGB, o maior serviço secreto do mundo, não conseguiu localizar um só agente da CIA lotado no país, apenas um solitário homem do FBI, o único nome que sobrou para ser usado naqueles documentos forjados.
De um só lance, rolariam por terras bibliotecas inteiras de teoria esquerdista da conspiração, ração diária servida aos cérebros inermes de milhões de estudantes brasileiros. É vexame demais. Ocultar essa parte da história é uma questão de honra.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
 
http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=5098&Itemid=1
Punir o culpado pega mal - Ferreira Gullar

19/08/2012 - 03h00

Punir o culpado pega mal

Estar, hoje, a mais alta corte de Justiça do país, julgando um processo que envolve algumas importantes figuras do mundo político nacional é um fato de enorme significação para o país.
É verdade que esse processo estava há sete anos esperando julgamento e que muitas tentativas foram feitas para inviabilizá-lo. Até o último momento, no dia mesmo em que teve início o julgamento, tentou-se uma manobra que o suspenderia, desmembrando-o emdezenas de processos sujeitos a recursos e protelações que inviabilizariam qualquer punição dos réus.
Mas a proposta foi rechaçada e, assim, o julgamento prossegue. Se os culpados serão efetivamente punidos, não se pode garantir, uma vez que os mais famosos e sagazes advogados do país foram contratados para defendê-los. Além disso, como se sabe, punição, no Brasil, é coisa rara, especialmente quando se trata de gente importante.
E é sobre isso que gostaria de falar, porque, como é do conhecimento geral, poucos são os criminosos condenados e, quando o são, nem sempre a pena corresponde à gravidade do crime cometido. Sei que estou generalizando, mas sei também que, ao fazê-lo, expresso o sentimento de grande parte da sociedade, que se sente acuada, assustada e, de modo geral, não confia na Justiça. Nem na polícia.
Agora mesmo, uma pesquisa feita pelo Datafolha deixou isso evidente. Embora 73% dos entrevistados achem que os réus do mensalão devem ser condenados, apenas 11% acreditam que eles sejam mandados para a cadeia.
E é natural que pensem assim, uma vez que a criminalidade cresce a cada dia e parece fugir do controle dos órgãos encarregados de detê-la e combatê-la.
Outro dia, um delegado de polícia veio a público manifestar sua revolta em face das decisões judiciais que mandam soltar criminosos, poucas horas depois de terem sido presos em flagrante, assaltando residências e ameaçando a vida dos cidadãos. Parece que uma boa parte dos juízes pensa como um deles que, interpelado por tratar criminosos com benevolência, respondeu que "a sociedade não tem que se vingar dos acusados".
Entendo o delegado. Mas pior que alguns juízes é a própria lei. Inventaram que marmanjos de 16, 17 anos de idade, que assaltam e matam, não sabem o que fazem. Lembro-me de um deles que, após praticar seu oitavo homicídio, ouviu de um repórter: "Ano que vem você completa 18 anos, vai deixar de ser de menor". E ele respondeu: "Pois é, tenho que aproveitar o tempo que me resta".
Todo mundo sabe que os chefes de gangues usam menores para eliminar seus rivais. São internados em casas de recuperação que não recuperam ninguém e donde fogem ou recebem permissão para se ressocializar junto à família. Saem e não voltam. Meses, anos depois, são presos de novo porque assaltaram ou mataram alguém. E começa tudo de novo.
Mas isso não vale só para os menores de idade. Criminosos adultos, reincidentes no crime, condenados que sejam, logo desfrutam do direito à prisão semiaberta, que lhes permite só dormir no presídio.
Há algumas semanas, descobriu-se que dezenas desses presos, da penitenciária de Bangu, no Rio, traziam drogas para vender na penitenciária. E tudo articulado com o uso de telefones celulares, de que dispõem à vontade, inclusive para chantagear cidadãos forjando falsos sequestros. Com frequência, ao prender assaltantes, a polícia constata que se trata de criminosos que cumpriam pena e que, graças ao direito de visitar a família no Dia das Mães, das tias ou das avós, saem e retornam, não à prisão, mas à prática do crime.
Esses fatos se repetem a cada dia, com o conhecimento de todo mundo, especialmente dos responsáveis pela aplicação da Justiça, mas nada é feito para evitá-los ou sequer reduzi-los.
A impressão que se tem é que tomou conta do sistema judiciário uma visão equivocada, segundo a qual o crime é provocado pela desigualdade social e, sendo assim, o criminoso, em vez de culpado, é vítima. Puni-lo seria cometer uma dupla injustiça.
O que essa teoria não explica é por que, havendo no Brasil cerca de 50 milhões de pobres, não há sequer 1 milhão de bandidos. Isso sem falar naqueles que de pobres não têm nada, moram em mansões de luxo e mandam no país.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar é cronista, crítico de arte e poeta.
DECÁLOGO DE LÊNIN

1 – CORROMPA A JUVENTUDE E DÊ-LHE LIBERDADE SEXUAL

2 – INFILTRE E DEPOIS CONTROLE TODOS OS MEIOS DE COMUNIÇÃO

3 – DIVIDA A POPULAÇÃO EM GRUPOS ANTAGÔNICOS, INCITANDO-OS A DISCUSSÕES SOBRE ASSUNTOS SOCIAIS

4 – DESTRUA A CONFIANÇA DO POVO EM SEUS LÍDERES

5 – FALE SEMPRE EM DEMOCRACIA E EM ESTADO DE DIREITO MAS, TÃO LOGO HAJA OPORTUNIDADE, ASSUMA O PODER SEM QUALQUER ESCRÚPULO.

6 – COLABORE COM O ESBANJAMENTO DO DINHEIRO PÚBLICO, COLOQUE EM DESCRÉDITO A IMAGEM DO PAÍS ESPECIALMENTE NO EXTERIOR, E PROVOQUE O PÂNICO E DESASSOSSEGO NA POPULAÇÃO POR MEIO DA INFLAÇÃO.

7 – PROMOVA GREVES, MESMO ILEGAIS, NAS INDÚSTRIAS VITAIS DO PAÍS.

8 – PROMOVA DISTÚRBIOS E CONTRIBUA PARA QUE AS AUTORIDADES CONSTITUÍDAS NÃO AS COIBAM.

9 – COLABORE PARA A DERROCADA DOS VALORES MORAIS, DA HONESTIDADE E DA CRENÇA NAS PROMESSAS DOS GOVERNANTES.

10 – PROCURE CATALOGAR TODOS AQUELES QUE TÊM ARMAS DE FOGO, PARA QUE SEJAM CONFISCADAS NO MOMENTO OPORTUNO, TORNANDO IMPOSSÍVEL QUALQUER RESISTÊNCIA

Este decálogo foi baseado nas cartas de Lenin, onde ele descrevia quais seriam os próximos passos.

Elas estão em "Às Portas da Revolução - Escritos de Lenin de 1917" de Slavoj Zizek



"O Google está boicotando todos os outros browsers, de modo a forçar o consumidor a usar o Google Chrome. Nos EUA, excluiu dos aparatos de busca todos os suplementos alimentares de modo a forçar a população a consumir só produtos da grande indústria farmacêutica (leia-se Rockefeller). Volta e meia cisma com um site (geralmente conservador) e coloca-o sob quarentena, espantando seus visitantes. Começou prometendo ajudar a encontrar o que queríamos, e se transformou numa máquina de esconder o que lhe desagrada. Quando o governo chinês bloqueou o Google, o mundo protestou. Agora o Google bloqueia o mundo, e quem vai protestar? O governo chinês? Está na hora de pensar seriamente numa campanha mundial de boicote a esse monstro de prepotência. Não sei ainda como fazer isso, mas vamos pensar no assunto, ok? Grandes resultados às vezes começam com causas modestas."
Olavo de Carvalho

sábado, 18 de agosto de 2012



"The Fisher King" and "Excalibur"


Leolo: filme de Jean-Claude Lauzon



How Satanism Works

August 18, 2012

they live.jpegIs Society Devoted to Satan? 


"A sacrifice of billions of humans would be most pleasing to Satan.
This will be the objective of the Antichrist and his followers."









by Alan Gardner
(henrymakow.com)    
                                                                   

For some, the portal to the service of Satan is through the college fraternity or the lodge.
m-7.jpegA young man is approached to join a fraternity. His character is evaluated to see what are his moral limits. If his ambition exceeds his patriotism, belief in goodness or allegiance to his loved ones, he is a candidate for Satanism.

It is similar in the lodge. A man is invited to join the 'blue lodge' and monitored to see how ambitious he is.

Is he content to become a Master or third degree Mason or is he someone who can be groomed to go further?

Those who are seeking power and influence rise up through the degrees taking increasingly bloodthirsty oaths and promises.

There are many obsessive-compulsions that make one vulnerable to Satan's power.

The most obvious obsessive behaviors are related to food, alcohol, tobacco and drugs. Equally potent, are violent and pornographic video games and movies.

CHILD ABUSE


Many of the most powerfully obsessive compulsive behaviors lead to the physical and/or sexual abuse of innocent victims, often children.


jerry-sandusky.jpgOrganizations give the greatest rewards to those who make the greatest commitment to their objectives. Satanism is no different. The greatest power goes to those who commit violence against the innocent. The ultimate expression of satanic power is the power over life and death.
Many satanic leaders are recruited at an early age. It is a custom among some members of the upper class to send their sons away to boarding schools where they are  exploited by the older class men. This satanic indoctrination through sexual abuse anticipates that the abused child will in turn become an abuser. Fathers often send their sons to these boarding schools knowing from their own experience what the risk is.

Men, who have been sexually abused as children by males often grow up to be bisexual. They marry and have children with women who may or may not know what is in store for their male children.

Why would a father subject his children to such abuse? Fathers assent to such abuse against their sons in their quest for power. Satan gives the greatest power to those who will violate the innocent in his name; the greater the violation, the greater the power.

Satan rewards those who will spill blood in his honor. At the lowest levels of power seeking, the blood might be that of an animal. At the higher levels, the blood is human. The shedding of innocent human blood is highly rewarded by Satan.

WHAT IS SATAN'S ULTIMATE GOAL?

His goal is the exact opposite of God's, who wishes that all be saved.
Satan wants every human to die hating God or being indifferent to His existence.

There are more than seven billion humans alive today. Satan's goal is to persuade a few of his most ardent followers to kill the remainder.

A sacrifice of billions of humans would be most pleasing to Satan.
This will be the objective of the Antichrist and his followers.

Satanists support the decriminalization of abortion, where deceived mothers willingly participate in the killing of their own children, usually in a very painful way.

Such mothers receive no reward from Satan for their participation in homicide. In fact, the shame that Satan directs at those who have killed their children, often results in them killing themselves, directly or indirectly.

War is Satan's most prolific method of using humans to kill on his behalf.
There are no "just" wars. Revisionist history shows there was as much evil on the part of the British and the Americans as the Germans and the Japanese during WWII.

One of Satan's great deceits is to disguise his followers behind movements such as, Fascism, Communism, Capitalism, Anarchism, Atheism, Judaism, Catholicism, Protestantism and Islam.

Who doubts that billionaires like Bill and Melinda Gates, Warren Buffett and Ted Turner are not loyal servants of their master [Satan], when you examine how they use their money?

Men such as Darwin, Marx and Kinsey were great haters of God.
They continue to deceive many, even beyond the grave.

Most of the levers of power are controlled by men who hate or are indifferent to God. Most have embraced Satanism in their quest for power. These men have not been elected to political office.

They belong to what is sometimes described as the 'shadow government'.
They are the makers of kings. They are working hard to bring about the reign of the Antichrist.

Only Satan knows who they are. Nothing is published about these men!

All three of the institutional religions of the Book, Christianity, Islam and Judaism have been corrupted at the highest levels by men who are working to bring about the reign of Satan.

Evil is personified in a name, Lucifer, the Light-Bearer. He has authored an incredible illusion.

Few people believe in him, as a person, anymore; the 'Illuminated Ones' excepted.  How 'enlightened' humanity is becoming!

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Makow Comment: I am optimistic that the Illuminati do not have a mass culling in mind. They would have not invested so much energy in degrading and transforming society to fit their purposes if they intended to destroy it. You don't train an animal you're planning to cull. The world is a debt farm. We are their cattle. They "milk" us for interest on the "debt" they create out of thin air.    

http://www.henrymakow.com/is-our-culture-devoted-satanism.html